O uso de cigarros eletrônicos e outros dispositivos vaporizadores, chamados de vape, vem aumentando nos últimos anos. Mas será que você sabe todas as consequências que ele pode trazer?
Um estudo (revisão sistemática) analisou os traumas faciais decorrentes da explosão desses dispositivos, resultando em um total de 21 indivíduos acometidos. Todos eram do sexo masculino, com média de idade de 29,5 anos.
As lesões mais comuns foram lacerações e/ou queimaduras, e acometeram lábios, língua, palato mole e/ou palato duro e nariz. Mais da metade desses pacientes (61,9%) precisou realizar alguma cirurgia em decorrência do trauma, que variou de cirurgias de urgência à reabilitação com enxerto ósseo e implantes dentários.
As complicações relatadas incluíram: perda óssea secundária à fratura, zumbido e perda auditiva, paralisia labial secundária a edema persistente, transtorno depressivo maior/transtorno de estresse pós-traumático, sinusite persistente, fotofobia, contraturas bilaterais axilares e das mãos.
Conclui-se que o mau funcionamento e a explosão do dispositivo de cigarro eletrônico trazem grande risco de trauma bucomaxilofacial, podendo ser de grande extensão.
Assim, com a crescente popularidade do uso de cigarros eletrônicos, médicos e pacientes devem entender os perigos do uso desses dispositivos, que podem incluir fraturas de face, queimaduras e doenças pulmonares.
Referência:
Dekhou A et al. (2021). E-Cigarette Burns and Explosions: what are the patterns of oromaxillofacial injury? The American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons. 2021;79:1723-1730.